É possível desenvolver a criatividade?

A criatividade nasce conosco ou é possível desenvolver essa habilidade? Veja o que a ciência diz A criatividade é uma das características mais importantes no mundo do trabalho, seja em cargos em que ela é exigida diretamente, como na área publicitária, ou em funções em que aparentemente ela nem parece ser tão fundamental assim. Mesmo […]

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A criatividade nasce conosco ou é possível desenvolver essa habilidade? Veja o que a ciência diz

A criatividade é uma das características mais importantes no mundo do trabalho, seja em cargos em que ela é exigida diretamente, como na área publicitária, ou em funções em que aparentemente ela nem parece ser tão fundamental assim. Mesmo nesses casos, a criatividade é uma habilidade fundamental para resolver problemas ou improvisar em uma situação inesperada.

Durante muito tempo, acreditou-se que a criatividade seria o privilégio de alguns poucos escolhidos que nasceram com o dom de inventar as coisas do nada. É muito comum ouvir pessoas dizendo que não são criativas. A ciência, porém, tem demonstrado que a criatividade está em todos nós, em maior ou menor medida, e que, da maneira certa, é possível fazer com que o nosso cérebro desenvolva suas redes neurais para ser mais criativo.

Como funciona a criatividade?

Uma pesquisa de 2018 feita por profissionais da Universidade de Harvard e publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) mostrou o que acontece no nosso cérebro quando temos ideias criativas. De acordo com o estudo, três redes neurais são ativadas: a rede de modo padrão, a rede de controle executivo e a rede de saliência.

A primeira é a parte responsável por ter as ideias mais mirabolantes; a segunda, por avaliar se essas ideias funcionariam no mundo real; e a terceira é a ponte que liga essas duas regiões e permite que esse processo de brainstorming interno aconteça. Todos nós temos essas redes neurais. Acontece que, no cérebro de pessoas mais criativas, essas redes “acendem” ao mesmo tempo, enquanto que nas pessoas menos criativas, cada parte funciona separadamente.

Os cientistas ainda não sabem como podemos fazer essas redes funcionarem ao mesmo tempo, mas sabem que é possível. “O treinamento em diferentes campos, como a escrita criativa, pode funcionar – em parte – para melhorar a conectividade neural dentro de uma mesma rede”, explica Roger Beaty, um dos cientistas responsáveis pelo estudo, em entrevista à rede BBC.

Como desenvolver a criatividade: o poder do nada

O funcionamento do nosso cérebro ainda é, em grande parte, desconhecido pela ciência, mas uma coisa os estudos têm nos mostrado: essa vida acelerada e hiperprodutiva, com estímulos constantes das redes sociais, não ajuda a criar. Pelo contrário: a subjetividade que a gente precisa para deixar nosso cérebro criar pode vir de um lugar que a gente nem imagina: o nada. Isso mesmo: por mais irônico que pareça, para fazer mais, é preciso parar e fazer.. nada.

Isso pode soar contraprodutivo, mas o ócio realmente pode ser criativo. Tente: quando se sentir sobrecarregado, pare e reserve 10 minutos (ou mais, se possível) para deixar o celular de lado e limpar a mente. Ao fazer essa meditação, independentemente da técnica, você está ativando áreas do cérebro que ajudam a memória, as emoções e a cognição.

Outra pesquisa, feita pela Escola de Medicina de Harvard em 2011, descobriu que oito semanas de mindfulness, uma técnica de meditação que trabalha o foco no momento presente, são capazes de aumentar áreas do cérebro ligadas a aprendizagem, memória, cognição e regulação emocional.

É como limpar o terreno para que a mente tenha como trabalhar em paz na construção de novas ideias.

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Escrito por Bruno Zermiani

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